Quando o
preço do milho aumentar, que tal alimentar o gado com tortinhas
Foto: Paul Octavious
Autora:
Sara Breselor
O leite
está uma delícia, mas poderia ficar bem melhor se viesse com
Negresco. No que as vacas concordam. E recentemente os fazendeiros
norte-americanos têm sido mais do que bem sucedidos ao
satisfazê-las. No último verão, uma severa estiagem dizimou as
lavouras de milho e empurrou o preço da mercadoria para o alto. Com
isso, alguns produtores tiveram que se virar para arrumar comida para
o seus rebanhos. As principais soluções? Barras de chocolates, goma
de mascar, balas e, é claro, biscoitos.
"Este
ano não foi fácil para os produtores de leite", disse Jack
Hamm, do Lima Ranch, em Lodi, na Califórnia, que abastece
regularmente suas cocheiras com biscoitos com prazo de validade
vencido. Felizmente, o primeiro estômago dos ruminantes, o rúmen, é
cheio de micro-organismos que se alimentam de tudo aquilo que o animal
ingere. Esses micróbios quebram as moléculas de açúcar que se
convertem facilmente em gordura e que são absorvidas diretamente
pela corrente sanguínea. Desta forma, tanto os bovinos de leite
quanto os de carne podem consumir doces. Praticamente nenhuma
molécula escapa intacta do rúmen bovino, motivo pelo qual a vaca
que se alimenta de Sucrilhos não produz o (dispensável) leite
pré-açucarado.
"De
qualquer tipo de comida, você pode fazer comida", disse Jim
Oltjen, um especialista em ciência animal da UC Davis. Doces são
bons, desde que sejam manejados com equilíbrio nas rações – em
torno de 10% para cada 28 quilos de matéria seca consumida
diariamente pelo animal. Nutricionistas ajudam os fazendeiros a
balancear as refeições com produtos que contém glicose – tais
como casca de uva e bagaço de milho – visando encontrar uma dieta
mais nutritiva pelo menor preço. Não é o que a natureza programou?
Talvez, mas Hamm afirma que está utilizando uma série de coisas que
seriam enviadas para o lixo e, com isso, reduzindo o impacto
ambiental de sua fazenda. É um jeito de deixar as coisas açucaradas.
Fonte: Wired.com
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