Em Açailândia (que nome sugestivo!), no interior do Maranhão, presenciei uma cena rara de marketing direto. Num momento em que discutimos técnicas, soluções de vendas, novos termos, know-how e uma parafernália de conceitos em marketing, vejo na simplicidade de um vendedor de cds tudo aquilo que um profissional precisa para ser bem sucedido na venda de um produto.A mercadoria já a descrevi. São cds de música brega, sertaneja, regional, pop, reggae, hip hop e outros estilos nessa linha. Nenhum original, todos cópias, dispostos em uma banca de madeira até bem arrumada (nada high-tech). A banca, por sua vez, ficava na varanda de um restaurante (no posto de combustível) onde diversas linhas de ônibus fazem a sua parada – seja por roteiro ou por quebradeira mesmo (alguns veículos que estacionam ali percorrem trechos de até 2000 km em estradas como a Transamazônica).
O vendedor, bem, esse era um senhor de seus 65 anos. Assim que chegava o ônibus ele observava os passageiros, a medida que iam descendo ele tascava os cds na turma. Primeiro, ele observava o perfil... Qual a tendência. Se sertanejo, mais pop, mais reggae, mais brega... A cada ônibus aquele Sr. vendia uma boa quantia de cds!
Sabem o que penso disso? Ele conhece muito bem com quem ele trabalha,
quem é o cliente dele. E faz aquilo que o cara quer... Só isso mais nada. É simples.
Às vezes ele erra. Errou comigo. Primeiro, colocou um sertanejo, depois um brega, depois um reggae, depois um hip hop e nada. Mas o que isso quer dizer? Que ele não está ali pensando em inventar a roda... Faz aquilo que sabe e acerta o tanto que precisaE às vezes erra. Mas não insiste no erro, por que se não perde um ônibus cheio de oportunidades...
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