sexta-feira, outubro 06, 2006

+x+ MBA (Maranhão Business Adm) +x+

Em Açailândia (que nome sugestivo!), no interior do Maranhão, presenciei uma cena rara de marketing direto. Num momento em que discutimos técnicas, soluções de vendas, novos termos, know-how e uma parafernália de conceitos em marketing, vejo na simplicidade de um vendedor de cds tudo aquilo que um profissional precisa para ser bem sucedido na venda de um produto.
A mercadoria já a descrevi. São cds de música brega, sertaneja, regional, pop, reggae, hip hop e outros estilos nessa linha. Nenhum original, todos cópias, dispostos em uma banca de madeira até bem arrumada (nada high-tech). A banca, por sua vez, ficava na varanda de um restaurante (no posto de combustível) onde diversas linhas de ônibus fazem a sua parada – seja por roteiro ou por quebradeira mesmo (alguns veículos que estacionam ali percorrem trechos de até 2000 km em estradas como a Transamazônica).
O vendedor, bem, esse era um senhor de seus 65 anos. Assim que chegava o ônibus ele observava os passageiros, a medida que iam descendo ele tascava os cds na turma. Primeiro, ele observava o perfil... Qual a tendência. Se sertanejo, mais pop, mais reggae, mais brega... A cada ônibus aquele Sr. vendia uma boa quantia de cds!
Sabem o que penso disso? Ele conhece muito bem com quem ele trabalha,
quem é o cliente dele. E faz aquilo que o cara quer... Só isso mais nada. É simples.
Às vezes ele erra. Errou comigo. Primeiro, colocou um sertanejo, depois um brega, depois um reggae, depois um hip hop e nada. Mas o que isso quer dizer? Que ele não está ali pensando em inventar a roda... Faz aquilo que sabe e acerta o tanto que precisaE às vezes erra. Mas não insiste no erro, por que se não perde um ônibus cheio de oportunidades...

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